Educação e Letramento Racial em Foco

Iniciamos os últimos momentos do projeto "Sem Tempo a Perder" deste ano, com um enfoque valioso e transformador: a Educação e o Letramento Racial!

E a turma de Tia Raquel e Tia Rose mergulharou em atividades significativas que buscaram ampliar a compreensão e promover a reflexão sobre a diversidade racial.

Em Português, os estudantes foram guiados por uma leitura atenta do livro "Meninas Negras", de Madu Costa. Exploraram as informações explícitas e implícitas sugeridas pela imagem da capa e pelo título, promovendo uma análise crítica já desde o primeiro contato com a obra. Através de perguntas provocativas, os alunos foram incentivados a expressar suas percepções, contribuindo para um diálogo rico e aberto sobre o que viam e sentiam.

Feita a contação, nossos pequenos foram convidados a compartilhar suas impressões, fomentando uma conversa que valorizou a pluralidade de visões. A apresentação da história envolveu estratégias que permitiram a participação ativa dos alunos, estimulando antecipações, inferências, seleções e verificações ao longo da leitura.

Já no foco da Matemática, as tias trouxeram uma abordagem interdisciplinar, explorando a obra "Menina Bonita do Laço de Fita", de Ana Maria Machado. Os alunos foram desafiados a fazer perguntas inferenciais, promovendo não apenas a compreensão mais lógica, mas também o diálogo sobre diversidade e aceitação. Questões sobre cores de pele, cabelos e emoções estimularam reflexões importantes sobre a aceitação das diferenças.

Já para a turminha dos 4º e 5º anos, o professor Allan, na mesma tocada, direcionou seu trabalho para o desenvolvimento de empatia e coletividade, abordando tradições orais e a valorização da memória. Através dessas atividades, os "veretanos" 😆 puderam compreender como as tradições e memórias contribuem para a construção de identidade e o entendimento de diferentes perspectivas.

Em um rico momento, os alunos foram guiados na experiência estética da obra "Operários", de Tarsila do Amaral, uma oportunidade única de abordar a temática racial. A pintura, datada de 1933, retrata uma cena urbana com trabalhadores em um cenário industrial. Em uma análise mais profunda, é possível extrair significados que dialogam com a realidade social da época e, de maneira surpreendente, com questões contemporâneas, incluindo o debate sobre igualdade racial.

Os contrastes presentes na obra, sejam eles nas tonalidades de pele dos trabalhadores, na dinâmica das posições que ocupam ou nos elementos simbólicos, permitem uma reflexão sobre as disparidades sociais e raciais. Ao explorar essa pintura, o professor Allan não apenas introduziu os alunos à apreciação artística, mas também promoveu discussões pertinentes à diversidade racial, conectando a expressão artística à realidade vivida pelos estudantes.

Um grand finale para o projeto e o rico mês de janeiro na escola, não apenas porque, ao longo das últimas semana, o "Sem Tempo a Perder" cumpriu sua missão educativa, mas também porque deixou uma marca indelével no coração de cada participante.

Continuamos a trilhar o caminho da educação transformadora, preparando nossos alunos para um futuro mais justo e igualitário!

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